VILA SÃO JOSÉ
Esgoto a céu
aberto, lixo, barracos improvisados construídos em condições insalubres e com
risco de deslizamentos e inundações, essa era a rotina diária dos moradores do Aglomerado
Vila São José, localizado no bairro de mesmo nome, que pertence à região
noroeste de Belo Horizonte.
A partir do ano de 2007, a Prefeitura de Belo Horizonte
utilizando-se de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do
Governo Federal, iniciou as obras da Vila Viva São José.
De Acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte “O Programa
Vila Viva engloba obras de saneamento, remoção de famílias, construção de
unidades habitacionais, erradicação de áreas de risco, reestruturação do
sistema viário, urbanização de becos, implantação de parques e equipamentos
para a prática de esportes e lazer. Após o término da urbanização, a área será
legalizada com a emissão das escrituras dos lotes aos ocupantes. Esse programa
também engloba ações de promoção social e desenvolvimento comunitário, educação
sanitária e ambiental e criação de alternativas de geração de trabalho e
renda”.
Na Vila São
José até agora foram realizadas diversas benfeitorias, dentre elas a retirada
de todos os moradores de áreas de risco, sendo encaminhados para apartamentos
construídos na própria região, demolição das casas e barracos construídos
irregularmente, instalação da rede de água e esgoto, asfaltamento das ruas,
além da ligação da Avenida João XXIII com as avenidas Tancredo Neves e Dom
Pedro II, importante via de acesso ao centro da cidade.
Essa
intervenção do Estado trouxe melhorias nas condições de vida e de moradia para
a comunidade da Vila São José, porém os demais moradores da região também foram
beneficiados, principalmente com as obras de infraestrutura viária.
REFERÊNCIA:
PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Urbel; Vila
Viva. Disponível em:
<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=urbel&tax=8178&lang=pt_br&pg=5580&taxp=0&
> . Acesso em: 28 de fev. 2012.
PRÉDIOS RESIDENCIAIS EM RISCO
Os
aglomerados e as áreas de ocupação irregular sempre foram locais de preocupação
para o Estado e para a população de maneira geral. Porém agora outro tipo de
construção entrou nesse grupo de risco: os prédios residenciais. Não possuo
conhecimento técnico nessa área, porém vou tentar desenvolver esse assunto de
acordo com o meu ponto de vista.
O aquecimento do mercado imobiliário brasileiro resultou no aumento do número de construções, dentre elas a de prédios residenciais. Algumas construtoras e empreiteiras, visando apenas na rápida execução das obras e consequentemente no seu lucro imediato, muitas vezes não observam as mínimas condições de segurança, como o tipo de terreno, o solo em que o prédio é construído.
O aquecimento do mercado imobiliário brasileiro resultou no aumento do número de construções, dentre elas a de prédios residenciais. Algumas construtoras e empreiteiras, visando apenas na rápida execução das obras e consequentemente no seu lucro imediato, muitas vezes não observam as mínimas condições de segurança, como o tipo de terreno, o solo em que o prédio é construído.
Apesar de
que essas obras são realizadas, supervisionadas por um responsável técnico, e
necessitam de autorização e registro nos órgãos públicos, alguns prédios são
construídos em áreas de risco, como encostas com grande inclinação do terreno.
Caso não tenham sido realizados o estudo geológico e a análise da topografia de
maneira adequada, futuramente tudo isso poderá comprometer a qualidade e
consequentemente a segurança do produto final.
Sem falar
que durante e após as obras, o imóvel tem que ser vistoriado regularmente, e
caso seja detectada alguma alteração da estrutura física, ou movimentação do
terreno e das encostas, haverá tempo hábil para corrigir tais irregularidades.
Sem falar que o morador tem que ser orientado e conscientizado de que toda
reforma ou alteração também deverá ser acompanhada por um responsável técnico.
Tais medidas são necessárias para garantir a vida e a segurança dos moradores,
para a manutenção e a preservação dos imóveis, e consequentemente evitar
possíveis tragédias.
REFERÊNCIA:
RAMOS, Rafael. Omissão cria nova categoria de
risco em Minas. Disponível em: <http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=193185,OTE&busca=predios%20em%20risco&pagina=4> Acesso: 05 de mar. 2012.
HABITAÇÕES SEM INFRAESTRUTURA
Em alguns
aglomerados urbanos de Belo Horizonte, infelizmente ainda é comum, por exemplo,
a construção de barracos em áreas de risco, improvisados sem nenhum tipo
de planejamento técnico, com condições mínimas de segurança e higiene. Além
disso, é comum a presença de esgoto a céu aberto, redes clandestinas de água e
de energia elétrica, becos e vias desprovidos de pavimentação, lixo espalhado
pelas ruas e encostas.
A Fundação
João Pinheiro, em um trabalho de pesquisa sobre o déficit habitacional no
Brasil em 2008, estabeleceu a seguinte definição:
“São
considerados domicílios carentes de infraestrutura todos os que não dispõem de
ao menos um dos seguintes serviços básicos: iluminação elétrica, rede geral de
abastecimento de água com canalização interna, rede geral de esgotamento
sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.”(p. 22)
Para melhorar
a infraestrutura dessas comunidades, é necessário que o Estado se una à
associação comunitária local, para que conheça a realidade dessas pessoas e
busque alternativas para melhorar as condições de vida.
As
alternativas mais utilizadas são as retiradas de construções em área de risco,
o incentivo à construção de moradias adequadas, a urbanização de maneira geral,
com o asfaltamento dos becos e ruas, o acesso e fornecimento da prestação de
serviços públicos de energia elétrica, de água e esgoto, a coleta periódica de
lixo.
Tais medidas
além de serem sociais, contribuindo para a dignidade dessas pessoas, também são
medidas de saúde pública, pois previnem e erradicam diversas doenças oriundas
da falta de saneamento básico e higiene.
REFERÊNCIA:
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit habitacional
no Brasil 2008. Brasília, p. 22, 2011.
DÉFICIT HABITACIONAL NA REGIÃO
METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
A Fundação
João Pinheiro, órgão oficial de estatística do Governo do Estado de Minas
Gerais, utilizando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad/ IBGE) referente ao ano de2007 constatou que o déficit habitacional
urbano na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em valores absolutos era de
115 mil unidades habitacionais. Essa foi a última pesquisa realizada sobre o
déficit habitacional no Brasil, a pedido da Secretaria Nacional de Habitação,
pertencente ao Ministério das Cidades.
Como forma
de tentar diminuir esse déficit habitacional, o Governo Federal lançou em 2009
em todo o país, o Programa Minha Casa, Minha Vida. Destina-se às famílias com
renda de até R$3.100,00 mensais, porém a sua prioridade de atendimento é para
as que possuem renda familiar de até R$1.600,00 mensais, pois representa a
camada da população onde se concentra 90% do déficit habitacional.
A seleção
das famílias beneficiadas é realizada por sorteio e segue alguns critérios,
dando prioridade às famílias chefiadas por mulheres, ou que moram em área de
risco geológico, ou às que possuem portadores de necessidades especiais.
Tal programa
é de extrema importância, pois além de diminuir o déficit habitacional,
contribui para a distribuição de renda, realiza a inclusão social, impulsiona o
setor da construção civil, aumenta os postos de trabalho, dentre outras ações.
Há algumas
críticas pois esse programa se destina a apenas uma parcela da população, e
ainda com a utilização de sorteio, e além disso depende da disponibilidade de
terrenos, que estão cada vez mais escassos e com valores exorbitantes na Região
Metropolitana de Belo Horizonte.
REFERÊNCIAS:
PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Minha Casa Minha
Vida. Disponível em:<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=urbel&tax=24740&lang=pt_BR&pg=5580&taxp=0&>. Acesso em 20 de mar. 2012.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit habitacional
no Brasil 2008. Brasília, p. 22, 2011.
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